Última alteração: 2022-10-13
Resumo Expandido (Entre 450 e 700 palavras)
Em pleno desenvolvimento do século XXI, vivemos em uma sociedade construída e recortada por diferentes fatores transitórios e impactantes no desenrolar da história da humanidade. Esse mundo contemporâneo e interconectado, no qual muros caem ao mesmo tempo em que fronteiras são levantadas ou até mesmo permanecem invisíveis mediando as relações sociais exige da humanidade uma habilidade de acompanhar e buscar compreensão de modo ativo. O mundo material também é construído por uma rede imaterial, atendendo objetividades e provocando subjetividades. E diante desses atuais desafios estabelecidos em um mundo cada vez mais interconectado pela cultura digital no qual a acessibilidade e a produção de conhecimento acontecem em ritmo constante, faz-se necessária a reflexão sobre a importância dos processos comunicacionais e suas teorias que envolvem a humanidade. Essa produção incessante de imagens que são veiculadas e atravessam a experiência humana, mediando informações e compreensões, nos provoca a pensar sobre a produção fotográfica e suas influências. Henri Cartier-Bresson foi um importante fotógrafo do século XX e teve reconhecimento mundial por suas produções imagéticas, e mesmo assim viveu um constante conflito para se autodefinir como fotojornalista atendendo a uma empresa ou um fotógrafo surrealista participante do campo artístico. O que motiva o desenvolvimento desse estudo é a elucidação do desenvolvimento do trabalho do fotógrafo visto sob a perspectivas das teorias comunicacionais com o objetivo de compreender as influências do contexto histórico e correntes de pensamento em sua biografia, refletindo sobre a fotografia enquanto produto cultural e comuncacional. A partir da contextualização histórica sobre as teorias de comunicação da Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, Estudos Culturais e a corrente de pensamento estruturalista será observado como a experiência enquanto artista influenciou na produção fotográfica jornalística, revelando fatos e subjetividades no desenvolvimento das narrativas imagéticas. Assim, o objetivo é investigar e refletir, por meio de uma revisão bibliográfica, sobre a contextualização das teorias comunicacionais em relação à produção fotográfica, tratando-se de uma pesquisa teórica e bibliográfica sobre a vida e a obra do fotojornalista Henri Cartier-Bresson, visando a articulação dos modelos teóricos comunicacionais com o projeto de pesquisa.
Ao longo do tempo, muitos modelos teóricos foram estudados, pesquisados e construídos buscando a compreensão desse fenômeno que permeia a humanidade ao longo do tempo. Assim, inserimos a produção de imagens como elemento participante e constituinte do processo comunicacional. A constante e intensa produção imagética, assim como a comunicação através das imagens, permeiam a sociedade humana desde os primeiros registros encontrados na Pré-História. Enquanto produtor de imagens que traçam narraticas e comunicam mensagens, o estudo tem como objetivo analisar a vida e obra do fotógrafo Henri Cartier-Bresson articulando a alguns dos modelos teóricos comunicacionais como a Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, Estudos Culturais e a corrente de pensamento estruturalista, buscando identificar fatores que influenciaram na decisão do fotógrafo se intitular fotojornalista e abandonar o título de fotógrafo surrealista.