Tamanho da fonte: 

A vida móvel é vida aberta à intervenção, à construção de padrões e à tomada de decisões on-line, à compressão do mundo na palma da sua mão. É a simulação do controle e a ilusão do alcance remoto. Antes da hipermídia da vida, da sociedade e da cultura, era necessário um dispositivo, uma interface na qual todas as mídias, todas as narrativas, todas as línguas, todos os mundos pudessem convergir. O celular é a representação do mundo online e a possibilidade de interação, imediatismo, telematização, hiperconexão, atualização constante, possibilidade de continuidade, geolocalização, articulação de bancos de dados com múltiplos sistemas. de informações e sua conexão com o acesso, registro, atualização, manutenção e armazenamento de cada registro de vida. A hipermídia diluiu a lógica temporal-espacial, mas o celular dotou as pessoas de onipresença e onisciência deslocada, em contextos, lugares e situações em que o restante da mídia não poderia alcançá-la. O celular é a representação do imediato, do convergente, de ver, escutar, conhecer, ser, ser e participar à distância. Passado, presente e futuro colapsam nas capacidades e aplicações que hoje armazenam, produzem, registram, disseminam e socializam um celular. A mesma célula representa o modelo de negócios do setor de telecomunicações dos últimos 10 anos e o ponto de partida para o desenvolvimento dos próximos 10, pois em sua essência convergem lógicas de produção, entretenimento, lazer, cultura e socialização. Em sua arquitetura e design, o trabalho, o entretenimento e o uso de todo o tempo de inatividade são possíveis. O presente texto explora esse "não lugar" que se tornou "em algum lugar" um espaço permanentemente habitado, mediado e intervido, aprofunda-se da ecologia da mídia nos desafios e desafios que este novo território apresenta

Internet, Sociedade da Informação, Hipermídia, Convergência Digital, Ecologia da Mídia