A crítica acerca dos binarismos de gênero é cada vez mais frequente no discurso contemporâneo dentro dos meios de comunicação, mas quando se considera que em 2002 Piscitelli já havia analisado o cenário das discussões acadêmicas feministas e enfatizado que uma nova ênfase era dada à categoria “mulher”, percebe-se a permanente necessidade de discutir tal temática. Já que hoje em dia essa mesma ênfase constitui discursos que são constantemente invalidados pelas perspectivas heteronormativas ainda vigentes. Como forma de analisar o protagonismo feminina influenciando o ecossistema dos meios, une-se, sob a perspectiva da transdisciplinaridade, o universo do Open Design e dos makers com o conceito de gênero, questionando seus primórdios epistemológicos e contrastando-o com a ascensão de mulheres “fazedoras” (makers) nos cenários de emergência tecnológica e projetual.